O surrealismo que une Alice a mim

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ou vai ou amputa! Puta que pariu!

Por volta das 6h da tarde, desta sexta-feira (23), estarei com uma gaiola de ferro em volta do meu joelho. Ansioso é pouco!

O objetivo dessa curugia é calcificar os ossos do joelho (unindo-se ao fêmur e à tíbia) para amenizar, ou quem sabe curar a osteomielite crônica que me acometeu depois de uma queda besta, porém traumática, que sofri há oito meses ao tentar subir uma calçada.

Se tudo ocorrer bem, voltarei a andar; mesmo que seja com a ajuda de muletas e/ou bengala. E essa nova fase de minha vida deve se estender por mais oito meses, até que tudo fique calcificado e não sinta mas dores ao tentar firmar minha perna no chão.

Após colocados os pinos (ou fixadores externos), logo posso prever a situação: enfrentarei uma barra com eles por mais oito meses, entretanto, se não for desse jeito, só mesmo a amputação. Jesus de chicoteie! Não quero nem pensar!!!

Obrigado aos que torcem por mim.

Bjo da Ju.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Hoje é o Dia do Beijo




Hoje (13/04) é o dia do beijo, e como não postar algo sobre essa delícia que é beijar? Seco, molhado, doce, romântico, roubado, por acaso, forçado, babado, lambuzado, com ou sem língua, comportado, assanhado, convidativo, quieto, enlouquecido, de cinema... Enfim. Não importa como ele seja. O que vale mesmo é a opinião da outra parte que é beijada. E cada um de nós, claro, gosta de um tipo específico. Eu tenho meus critérios.

Adoro aquele beijo safado, com um quê insinuante. Másculo, doce e molhado na medida certa; com meia língua macia dentro da boca, sobretudo, carregado de emoção. O clima às vezes ajuda; por oras, nem tanto. Beijo bom é aquele me deixa com um comportamento sui generis. Que atrai a atenção (ou concentração); beijo sem noção, que me faz sonhar e me deixa trôpego no final.

Numa balada, beijar é fundamental, divertido e eu sempre quero mais. Já beijou de onda? Sem critério algum? É bom, muito bom! A gente tem mesmo é que se jogar na vida para ser feliz. Além de ser delicioso, beijar faz muito bem à saúde (corpo e alma), o melhor remédio para todos os males da gente. Alguém discorda?

E o beijo de reconciliação? Hummmmm, sem comentários! Não pense que sou um beijoqueiro profissional, eu só não perco a oportunidade quando ela surge. Adoro! Para finalizar, para mim, o beijo é o fator que garantirá a duração de um relacionamento. Chega a competir com o bom sexo, entretanto, beijo e sexo devem estar em harmonia para tudo dê certo e dure o quanto durar um namoro. Assim, ficamos todos felizes.

CURIOSIDADES SOBRE O BEIJO

* Aproximadamente 97% das mulheres fecham os olhos quando beijam contra apenas 30% dos homens.
* O ser humano movimenta 29 músculos, sendo doze dos lábios e dezessete da língua para poder beijar.
* Ao longo da vida, uma pessoa troca em média 24 mil beijos, dos maternais aos apaixonados.
* Quando beijamos alguém, os resíduos da saliva permanecem em nossa boca por três dias.
* O beijo eleva os batimentos cardíacos, pulando de 70 para 150 batimentos por minuto.
* Durante o beijo de língua o corpo queima 12 calorias e a produção de hormônios aumenta.
* Salvo de todo pecado. O beijo está presente em todas as religiões.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vida limitada. Odeio!

Na condição de humano, o que mais odeio na vida, sinceramente, é saber que eu, você, nós, todos somos muito limitados. Ter ainda de aceitar essa condição imposta, sabe-se lá Deus por quem, é pior ainda. Quando se depende de uma cadeira de roda para se locomover é mais foda do que se pode imaginar. Não sei vocês, mas, me sinto muito mal quando me percebo limitado. Ora, confesse, nem que seja só para você mesmo, mas nunca lhe arrebatou sentimento igual? Parabéns a quem disse não.

Quando falo em limitação, não estou me referindo somente ao corpo físico, a quebra de recordes, recuperação hospitalar, mas também mental, psicológico e intelectual. Pensamos sempre em coisa reais, surreais, problemas, contas a pagar, salário baixo... E por aí vai. Já repararam, por exemplo, que a gente demora um bocado para achar uma boa resposta pra tudo ou uma boa maneira de sair da lama para resolver problemas que mais parecem incapazes de serem solucionados por nós mesmos? Pois é!

Sabe por que isso acontece? Usamos muito pouco a nossa capacidade cerebral: somente 10%. Imaginem! Por isso nós não conseguimos voar, ler mentes, estourar cabeças e provocar destruições sem precedentes (bem ao estilo do filme Carie, a estranha); de nos teletranspotar para outros lugares, enfim. Só 10%. Absurdo, né?! E o pior de tudo é quando nos deparamos com gente que nem se dá o direito de pensar, e quando o fazem, parece feder. É punk!

Dependente de uma cadeira de rodas desde o inicio deste ano, faz com que eu me sinta não um vegetal, mas, algo mais ínfimo. Sei lá, um germe. Para quase tudo o que tenho vontade de fazer sozinho e comigo mesmo, também sempre tenho de contar com alguém do meu lado para ajudar (aí já perdeu a graça ou o sentido de privacidade. É foda!). Nada contra a ajuda de terceiros, mas, pensem o que é fazer as necessidades (o número dois, por exemplo) em uma fralda descartável u ó, e ainda ser limpo por outras mãos que não as minhas. Um saco! É, no mínimo vergonhoso, decadente e deprimente. Mas...

Sair sozinho do meu quanto dá muito trabalho. Uma verdadeira jornada. Depois de tantas manobras, chego, enfim, ao corredor do apê, e aí vou, mas, pr’aonde afinal? Pra sacada, cozinha, pra sala...? Fazer o quê, senão, me contentar com a situação, né? Ainda assim, não reclamo da minha vida. Busco me resignar. Taí outra grande limitação: ser uma pessoa resignada. Conheço pelo menos meia dúzia de gente assim, o que me deixa com uma inveja branca e sadia. E se você pretende ser também ser resignado, saiba que não é fácil o exercício, ainda mais para uma pessoa estressada como eu!

Quando encontro alguém disposto a me levar para passear (na garagem do prédio, geralmente) me encho de graça. Quando vejo as pessoas, os ciclistas, motos e carros indo e vindo, começo a falar pelos cotovelos com o meu ‘anjo acompanhante’, porque parece que o tempo logo vai se acabar e, assim, voltar a minha clausura. U ó. Encarar a calçada para uma volta no quarteirão, ‘no way’. Nem cogito a possibilidade, graças, claro, à Prefeitura e de seu projeto de acessibilidade, mas, até que a iniciativa chegue aqui na porta de casa já estarei andando.

Mesmo que eu volte a usar minha perna direita, e voltar a andar, me sentirei ainda limitado, só que, agora por outras razões. O que não posso fazer é mesmo viver a minha vida sem mim, desistir de tudo e me entregar a este ou Aquele sistema, mesmo com tantas limitações.

Agora, me dêem licença para fazer um xixi básico... E vocês não sabem o trabalho que dá!!!

Beijo da ju. Até mais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alice e eu: tudo a ver

Você deve querer saber então o que eu espero disso afinal? Bem, a ideia principal é utilizar esse veículo como meio mais dinâmico para desabafar com amigos que estão distantes, discutir questões relevantes para mim ou para qualquer outro (fato ou não), mas sem levar nada tão a sério, atualizar os amigos sobre mim, minha vida ou, quem sabe, até tirar um pouco de sarro de minha própria existência, de repente, penalizar-me com ela mesma, sobretudo, rir da desgraça alheia e de minhas próprias agruras. Enfim... bagunçar o inferno.

O por quê do nome? Olha... Acredito que eu e a 'oxigenada' da Alice, da literatura mundial, personagem criada por Lewis Carroll, temos coisas muito em comum. Tirando aquele aventalzinho (over) que ela usa, vivemos em tempos surreais, de viagens insólitas, capazes de nos criar sentimentos estranhos e de nos transportar a experiências extenuates que nos leva pensar, preguiçosamente, em tentar achar respostas (in)exatas dentro de uma "lógica do absurdo", como os sonhos.

Depois de cair em uma toca de coelho, a pequena oxigenada se depara com criaturas peculiares e antropomórficas (adoro!). Não demora muito, a bonita se percebe capaz de fazer alusões satíricas dirigidas aos amigos, tal qual sempre faço também (a lôca! - Hahahahaha). Pois bem, agora é chega a hora de me confrontar com a gorducha da Rainha de Copas, para tentar achar o caminho de volta para o mundo real, ou encontrar a cura de toda essa esquizofrenia sadia que todos acreditamos ter/ser em certos momentos da vida. Acho que terei muito trabalho daqui por diante.

Um cheiro da Ju. Até a próxima!